Das imagens apaixonadas
O desdém por toda a acção é o que significa resumir-se na abstração e no abismo da viagem iniciática, que toda a vida deve compreender e guardar como absoluto, inteiro, em si mesmo um propósito maior do que a memória de um tempo. O óbvio não é que tenhamos um forte gosto doce no coração da memória por esse tempo, como um fogo jamais extinto, mas que o possamos ligar sempre que possível, como modo, talvez absurdo, de estar no mundo, que é o do apaixonado. Os monstros que se repetem são sempre uma possibilidade de redenção. As más coisas não nos vêm anunciar a desgraça, raramente o vem, mas o aviso de uma imagem a ser evitada.
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