O que a catequese não diz aos putos; percebe-se, estar alerta é uma cena bem mais sangrenta

A bondade infinita de Deus. Não existe. Caso contrário, o Inferno está vazio, não porque a Misericórdia divina tudo perdoou, mas porque não existe. E por que não existe Inferno? É muito óbvio: não existe um anjo revoltado, Senhor do sítio das almas condenadas e dos demónios. Porque se a bondade de Deus fosse realmente infinita, o Mal anular-se-ia. Mas não é assim que funciona; o Inferno, é bom que exista, e o diabo junto com ele. O Mal torna-se contingente e possível.

Deus tem paciência e Misericórdia até um certo ponto, que nós, mortais, não alcançamos a medida, e só nesse algures podemos dizer que é infinita a sua Bondade. Deus pode ter outros atributos infinitos, como a sabedoria (Ele soube que aquele anjo estava caído, que se tornou Puro Mal, senhor da Mentira, de absurdo antemão), mas o coração Dele também se rasga e sangra; é vulnerável. Sofre por ver as suas criaturas desviadas e não concerne à sua Vontade e Amor.

Deus criou tudo com a liberdade extrema e o limite de Aceitar ou Rejeitar. Claro que este mundo é um espelho pálido desse lugar limite, que é a Face do próprio Deus. Mas tudo conta, aqui. O que fazemos aqui, fazemos lá. Essa é uma verdade da fé.

Porque podemos obstinar-nos com o nosso poder, o nosso ego, a nossa presunção, e, aí, é metade do caminho feito para cair. Para enlaçar-se no Mal. Não há Misericórdia que salve ou justifique. Nós vimos, sabemos, e rejeitamos. Deus dá-nos essa liberdade. Claro que não é tudo tão liminarmente decidido, preto no branco; existem variáveis infinitas que, a seu tempo, Deus torna claro quem lá pelo meios somos nós de verdade na vida.

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