Jesus é radical. Ele não é uma proposta de caminho: Ele é o próprio caminho, se é Deus. Alguns acreditam que não é Deus, o Único e super-potente. Vinha lá dos céus agora aos homens dizer que é Deus. Não. Mas esse ainda é um caminho mais estranho, porque Jesus é filho digníssimo de Deus numa forma não-trinitária, é portanto quase uma presença de carne banal surgida da carne, e não se percebe nada do que andam eles a pregar sem a autoridade de um ser omnipotente que se faz presença sobrenatural no mundo.
Eu gosto de pontes.
Mas Jesus divide, se for mal entendido. Se fizermos a nossa muito própria interpretação, vamos sempre ficar com rasgões de incompreensão, que, não sei se não é mesmo a única forma de se ficar depois de conhecer Deus... a partir desse embate com o rosto de Jesus, muita coisa se liberta, aquilo é o mais próximo que um ser humano pode estar da verdade, mas há também um lugar incómodo, que é aquele Olhar que assombra a vida, possui, e com uma força extraordinária e sobrenatural não nos deixa ir. Ir, onde? Pelos devaneios do natural, pelos mitos da realidade, pelo sem-apelo do ateísmo - creio que já é muito por onde hipoteticamente ir.
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